quarta-feira, 4 de abril de 2012

PROSA POÉTICA


Escravidão noturna




A noite jaz de palavras secas
nem mesmo se consegue vencer,
as boemias de suas pequenas letras
ilustra o termo líquido desse prazer.

Delírios que infestam a política
em raios ocultos assim me suscitam,
os nervos ordinários que se exalam
naquele poema que o domínio retrai.

Sempre que evito falar deste deserto
o temido conceito me ascende a crer,
que no momento que o mundo for liberto
serei apresentado a este temido lazer.

Escravidão noturna que me aflige
mesmo assim seus laços me corrigem,
dentre a hostilizada palavra concreta
ouve-se este secreto que assim me contesta.

Recuso-me a esquecer de que a vida se constrói
pelo seu próprio sentimento já ouvido,
nem mesmo este sucesso assim me corrói
dentre as serestas sabedorias desse sentimento.

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